quinta-feira, 28 de abril de 2011

Noite de...



O desejo é uma coisa acumulativa. Quando a gente não desiste dele, o tempo só o faz ficar mais e mais forte, até chegar naquele momento em que não aguentamos mais. Já era noite e ela ouviu o barulho da campainha. Foi andando com aquela pressa disfarçada de quem não se contém e ao abrir a porta, deparou-se com ele. Mal se certificou se havia outra pessoa ali, apenas o segurou pelo braço e foi puxando-o até o quarto. Depois, estava fechando a porta como se houvesse ensaiado, e antes mesmo de se virar já sentia os beijos pelo seu pescoço. Ele a segurou, a colocou na cama e saciou todas as vontades antes descritas com palavras em qualquer meio de comunição desses que a gente usa quando está distante O quarto abafado tornou-se agradável em questão de segundos. Nada se falava, somente pedia-se e sentia-se. Ela demonstou em cima dele, exausta, sentnido seu cheiro e alinhando alguns fios desodernados de seu cabelo. Eles recuperaram o ar, e depois de alguns minutos, a sanidade e a voz.
- Que saudade...

Coolness

 Há um tempo eu entrava em contradição por causa dessa característica... a frieza.
Eu gosto dos frios, os admiro. Porque eles me fascinam com todo aquele ar blasé de quem não se importa com nada além do próprio nariz. Ou então aqueles apáticos, lerdos, que por nada nesse mundo se comovem com um acontecimento ou uma demonstração de carinho. Os frios... costumavam me fazer suspirar, e então eu quase acho que sou masoquista mesmo. Mas digo quase, e é quase mesmo. Porque quando qualquer um desse tipo de pessoas invade o meu campo afetivo e o contato já é direto comigo, essa característica, antes vista como qualidade, se torna desprezível e insuportável. Isso porque eu, por definição eu acho, sou um apessoa afetiva, e impulsiva. (E dessa afirmação já dá se pressupõe os meus atos.)
Então, cheguei a conclusão de que eu admiro os frios...Ali na esquina, ali na casa do vizinho, no banco da praça... Mas nunca aqui.